quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Radioactividade

Radiação
Radiação é o processo pelo qual euma fonte emite energia que se propaga no espaço. O termo é usado também para designar a própria energia emitida. Os principais tipos de radiação energética, como o calor, alux visível, a luz ultravioleta e os raios-X e gama, agrupam-se sob a designação geral da radiação electromagnética, frequentemente tratada como pacotes de energia - unidades indivisíveis de energia - chamados fotões ou quanta. A frequências muito altas, a energia de radiação electromagnética é equivalente a quantidades consideráveis de massa, o que torna difícil a distinção entre ondas e partículas. Grande parte da radiação emitida por elementos radioactivos toma a forma de raios alfa, beta e feixes de partículas subatómicas tal como será aborado.
Radiaçõs são portanto ondas electromagnéticas ou partículas, que se propagam com uma determinada velocidade e que contém energia, carga eléctrica e magnética. Podem ser geradas por fontes naturais ou por
dispositivos construídos pelo homem e possuem energia variável.
Quando um núcleo não é estável, transforma-se noutro mais estável por emissão de partículas ou radiação electromagnética. Tal como já mencionado a este fenómeno de emissão dá-se o nome de radioactividade. Por exemplo, um isótopo radioactivo de urânio 238 decai até se tornar chumbo 206.  Este último é
um isótopo com núcleo estável.

Tipos de radiação
A radiação pode ser descrita como energia em movimento a velocidades iguais ou inferiores à velocidade da luz. As do primeiro tipo constituem o espectro da radiação electromagnética, caracterizada por ter massa nula quando, teoricamente, se encontra em repouso. As do segundo tipo incluem partículas atómicas ou subatómicas. Em estado de repouso estas partículas têm massa e formam os átomos e os núcleos atómicos. Quando essas formas de matéria se deslocam a velocidades muito altas, são consideradas radiação. Em resumo, podemos dizer que as duas amplas classes de radiação distinguem-se pela velocidade de propagação e pela presença ou não de massa no estado de repouso. As do primeiro tipo são chamadas radiações electromagnéticas e as do segundo tipo são denominadas radiações corpusculares. Esta dualidade onda-partícula constitui uma das bases da moderna teoria quântica. O comportamento ondulatório da radiação é aparente na sua propagação através do espaço, enquanto o comportamento corpuscular é revelado pela natureza das interacções da radiação com a matéria. Outra forma de classificar a radiação é, pela natureza das fontes. Segundo este critério a radiação pode ser nuclear ou atómica, sendo que toda a radiação nuclear é também atómica. De ente cerca de 2500 nuclídeos conhecidos, apenas um pouco menos de 300 são estáveis.
Dependendo da quantidade de energia, uma radiação pode ser descrita como ionizante ou não ionizante. Radiações não ionizantes possuem relativamente baixa energia. De facto, radiações não ionizantes estão  sempre à nossa volta.Ondas electromagnéticas como a luz, calor e as ondas de rádio são formasdeste tipo de radiação. Altos níveis de energia são característica da radiação ionizante, que pode alterar o estado físico de um átomo e causar perda de electrões, tornando-os electricamente carregados transformando-os em iões.
Um átomo pode ficar ionizado quando a radiação colide com um dos seuselectrões. Se essa colisão ocorrer com muita violência, o electrão pode ser arrancado do átomo. Após a perda de um electrão, o átomo deixa de ser neutro ficando com um número maior de protões, com carga positiva e transformandose portanto num ião positivo.


Unidades hospitalares: Ambulatório

O Ambulatório hospitalar diz respeito a todos os Serviços de Acção Médica- SAM- onde o utente não fica internado, com a excepção da área de observação- AO- do serviço de urgência onde um reduzido número de utentes poderá ficar mais de 24h. Por esta razão tem havido bastante controvérsia sobre a matéria, pois nem todos concordam que o serviço de ambulatório inclua o serviço de urgência devido ás condições da AO. No entanto toda a actividade do serviço de urgência, com a excepção da AO, tem cariz nitidamente ambulatório.


Importância:
Em termos quantitativos a actual tendência dos hospitais é para continuar a diminuir o número de internamentos enquanto aumenta o ambulatório. Efectivamente, se, por um lado, a demora média do internamento tem diminuído consideravelmente nas ultimas décadas, por outro lado, há cada vez mais acções médicas realizadas em regime de ambulatório, como é o caso das cirurgias para remover cálculos renais e biliares.
O crescimento do ambulatório também é devido não só á melhoria do diagnóstico e da terapêutica mas também a novos processos e métodos tecnológicos que permitem ir mais além na procura do tratamento da doença.

Estrutura:
A estrutura do ambulatório deve incluir todos os serviços e unidades que tratam ou prestam apoio directamente aos utentes, que não fiquem ali internados mais aí permanecem, em regra, um curto espaço de temo, embora em casos especiais, possa ser um período de algumas horas. Estes serviços encerram todos os dias, com a excepção do serviço de imagiologia, caso o serviço de urgência não tenha um próprio, e os laboratórios de patologia clínica e imuno-hemoterapia.
A estrutura do ambulatório hospitalar compreende serviços básicos e serviços complementares. Nos serviços básicos há um núcleo essencial constituídos pela Admissão e Triagem Médica- ATM- Urgência, Consultas externas, Hospital de dia e instalações psiquiátricas. Os serviços complementares são compostos pelo sector de terapia( Medicina fisica e de Reabilitação- MFR- hemodiálise, cirurgia ambulatório, etc, e um sector de diagnóstico que integram a imagiologia, os laboratórios e o núcleo de exames especiais- NEE.

Acessibilidade ao ambulatório:
O acesso directo do exterior aos diferentes serviços e unidades do ambulatório é importante pelas implicações funcionais e técnicas que lhe são inerentes. É aceitável a existência de portas para o exterior em três serviços: ATM, urgência, e instalações psiquiátricas em virtude das usas próprias funções e características o justificarem. No entanto hoje em dia pensa-se que as consultas externas devem ter a porta própria bem como o hospital de dia tendo em conta a recorrência ou o volume de cuidados prestados.

Instrumentação médica

O objectivo da instrumentação é o estudo de componentes e de sistemas de componentes que permitem a concepção e o correcto funcionamento de equipamentos médicos cujo propósito seja: diagnóstico médico; prevenção; monitorização; tratamento etc.
Estes podem ser classificados consoante o seu propósito, como a organização do sistema biológico a medir, medição invasiva ou não, imagiológico ou não, in vivo ou in vitro, se é um exame de 1ª ou 2ª linha.

Organização do sistema biológico
Uma das formas de caracterizar os diferentes tipos de instrumentação passa pelo nível de organização biológica do sistema a medir: Moléculas, células, tecidos, sistemas de órgãos, corpo humano, e por regra geral a complexidade da instrumentação aumenta quanto menor for o sistema biológico a medir. 

Medições Invasivas Vs. Medições Não Invasivas
Considera-se que uma medição é invasiva quando por alguma forma o acto de medir requer a introdução de um elemento de medição no interior do corpo humano.
Exemplos de medições invasivas: ECG junto ao coração através de um cateter, electrocorticografia, medição da pressão arterial por via directa( um cateter é inserido dentro da veia), medição da temperatura no recto, etc.
Exemplos de medições não invasivas: Medição da tensão arterial, medição da óximetria, medição da temperatura com um termómetro digital, etc.

In vivo Vs In vitro
Neste tipo de matéria assume-se como elemento de investigação o ser humano. As medições podem ser feitas directamente no ser humano ou retirando amostras desse para a análise em laboratório. Assim sendo, considera-se que qualquer medição realizada num laboratório é in vitro, e quando é efectuada directamente  no ser humano.
Exemplos de medições in vitro: biopsia, análises sanguíneas.
Exemplos de medições in vivo: ECG, Temperatura corporal.

1ª linha Vs 2ª linha
Os médicos e outros profissionais de saúde tem a tendência em dividir os exames e os procedimentos médicos de diagnóstico em 1ª e 2ª linha, conforme a usualidade com que estes são efectuados.
desta forma os exames de rotina para controlo da situação clínica são considerados exames de 1ª linha, enquanto que os exames feitos para detectar patologias especificas são considerados 2ª linha.
Exemplos 1ª linha: Medição da temperatura, análise ao sangue ou á urina.
Exemplos 2ª linha: Tomografia computorizada, electroencefalografia

Imagiológico Vs Não imagiológico
Existem equipamentos médicos que fornecem o resultado da medição através de imagem, e por isso são considerados imagiológicos, mas a definição mais correcta implica que o equipamento forneça uma imagem e que essa de alguma forma seja processada via hardware, o que excluí equipamentos de observação directa, como os oftalmoscópios.
Exemplos de equipamentos imagiológicos: Ultra-sonografia, Tomografia, ressonância magnética.
Exemplos de equipamentos não imagiológicos: Ecg, medição da tensão arterial.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Aquisição de Temperatura

Como foi referido anteriormente, existem vários métodos para medira temperatura corporal, TC. 
Hoje vou descrever alguns desses métodos e os instrumentos utilizados para o efeito.

Termómetros digitais  
Os termómetros digitais são compostos por dois tipos de sensores de temperatura- par termoelectrico ou o termistor. Estes são conectados por dois cabos finos e flexíveis a uma box electrónica, que contem o display da temperatura. Estes termómetros podem ser utilizados para medições rectais, orais, ou na axila. São bastante utilizados em laboratórios, clínicas e em casa.
A utilização deste tipo de termómetros aumentou bastante quando os termómetros de mercúrio foram banidos, de vários países devido a questões de segurança e protecção ambiental.

Detectores Infravermelhos
Um novo método, que já é bastante popular, na medição da TC em casas e em algumas clínicas, é através do termómetro auricular, este mede a temperatura da membrana ou do canal do tímpano. 
Como uma grande porção do sangue vai directamente para o cérebro, a temperatura do cérebro é bastante próxima á temperatura da temperatura do tronco.
Dentro do ouvido a radiação infravermelha- RI- é emitida em todas as superfícies, com frequências que dependem da temperatura local. A sonda RI pode ser colocada dentro do canal do ouvido para medir a temperatura interna.
Este tipo de medição é rápido, não invasivo, rentável, estes termómetros tipicamente operam menos de 5 segundos, isto porque apenas registam os valores da radiação, ao contrário dos termómetros digitas que tem de absorver o calor dos tecidos.

Comprimido de temperatura
O avanço na tecnologia levou ao desenvolvimento de um  sofisticado comprimido de temperatura. Este dispositivo está selado com material biocompatível, e contém uma bateria e um transmissor FM, cuja frequência depende da temperatura local. Tem o receptor perto que recebe o sinal do comprimido, amplifica-o, e converte a frequência em temperatura, que após uma apropriada calibração, pode ser mostrada e gravada para mais tarde ser consultada. Este comprimido é fiável, e confortável, em comparação com a medição do esofago e do recto.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Termómetro

Introdução
O conhecimento da temperatura do corpo humano exige uma grande quantidade de estudos clínicos e fisiológicos. No entanto, a temperatura do corpo humano não é constante, nem ao longo do corpo, nem durante o passar do tempo, isto é, sofremos alterações de temperatura durante todo o dia, tal como nem todo o corpo tem a mesma temperatura. Tendo isto em mente, a escolha do melhor local e método para medir a temperatura tem de ser uma decisão tomada com base no conhecimento do comportamento do corpo em determinados ambientes.
Vários modelos matemáticos foram desenvolvidos para descrever a distribuição da temperatura do corpo em  diversos ambientes, incluindo ambientes agressivos á condição humana.
Em condições normais, temperatura ambiente entre os 28 e os 30º e a humidade entre os 40 e os 60%, a Temperatura Corporal, TC, é aproximadamente 37º, num sujeito saudável e despido. A temperatura da pele na testa, tronco, mãos e pés vai progressivamente baixando.

Para a obtenção da TC, podem ser efectuadas medições invasivas e não invasivas, de seguida são apresentados alguns exemplos.
Medições Não invasivas de TC
  • Oral
  • Axila
  • Membrana do tímpano
  • Superficie da pele
Medições invasivas de TC
  • Rectal 
  • Esogafo
  • Artéria polmunar
  • bexiga urinária 
 

Como proceder a uma manutenção

De seguida estão resumidos os passos a ter em conta durante a realização de uma manutenção hospitalar:

  • Descrição da falha: Ao ser chamado para realizar uma manutenção deve ouvir e obter o máximo de informação sobre a falha do operador. Deixe que o operador demonstre a falha. 
  • Simulação do problema na oficina: Realiza testes ao equipamento, usando simuladores. 
  • Reparação: Se for possível utiliza peças originais. Trabalha calmamente, se possível discute o problema com os restantes colegas da equipa. 
  • Testes: Realiza testes a todas as funções do equipamento antes de o fechar. Se estiver a trabalhar correctamente fecha o equipamento. 
  • Calibração: verifica se todos os parâmetros do equipamento estão devidamente calibrados, no caso de não estarem procede á calibração conforme os valores do fabricante. 
  • Teste eléctrico: Realiza um teste de segurança eléctrica, com o equipamento adequado.

Procede á limpeza do equipamento, coloca a etiqueta com a data da ultima revisão e procede á entrega do equipamento no serviço, acompanhado pela folha onde é descrito o trabalho realizado no equipamento.

Introdução - Conceitos básicos de electrotecnia

Intensidade da corrente eléctrica - é o movimento orientado de electrões livres ao longo dos condutores eléctricos
  • Condutor eléctrico- são materiais que contém muitos electrões livres, favorecendo a condução da corrente eléctrica, tais como o cobre, o alumínio e a prata;
  • Isolador eléctrico- são os materiais que não tem electrões livres, e portanto não transportam a corrente eléctrica, como a borracha, o plástico ou a baquilite.
Diferença de Potencial ou tensão eléctrica-  é a diferença entre os estados eléctricos de dois corpos.

Força electromotriz - é a acção desenvolvida por um gerador eléctrico para manter a ddp.

Formas da corrente eléctrica - A corrente eléctrica é a quantidade de carga eléctrica que passa por unidade de tempo numa determinada secção.
Pode ter a forma:
  • Corrente continua: circula sempre no mesmo sentido e mantém aproximadamente sempre o mesmo valor ao longo do tempo.
  • Corrente unidireccional: sentido invariável e o valor ao longo do tempo não é obrigatoriamente constante.
  • Corrente de sentido variável: como o próprio nome diz o sentido não se mantém constante ao longo do tempo;
  • Corrente alternada: tem sentido variável, é periódica no tempo e o valor da intensidade média é nulo;
  • Corrente alternada sinusoidal: o valor da corrente corresponde a uma função sinusoidal no tempo.

Elementos eléctricos básicos
Resistência: a resistência é a oposição que um corpo faz á passagem da corrente eléctrica, isto é, a maior ou menor facilidade com que um corpo se deixa atravessar pelas cargas eléctricas
Bobina: a bobina é um conjunto de espiras contíguas, circulares e iguais, de fio condutor isolado, onde fazemos passar a corrente eléctrica
Condensador: é um componente eléctrico constituído por duas superfícies condutoras, as armaduras, separadas por um meio isolante designado dieléctrico.